segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Racionalismo

Pascal soube separar a ciência em si, do ser humano, e não aceitou o matematicismo de Descartes, como reducionismo em relação à realidade humana.
O coração tem razões que a própria razão desconhece e por isso a ciência e a técnica sempre ficarão aquém; é dificil dar uma resposta definitiva quando o assunto é o homem.
A defesa da riqueza humana, consiste justamente em aprofundar em aspectos individuais e sociais que estejam de acordo com o real, sem esgotar o diálogo que cada um tem consigo mesmo e com o outro.
Se Pascal merece ser estudado, é porque viveu intensamente situações que fazem o homem lembrar-se de quem é: a morte prematura da mãe, a vida mundana após a morte do pai, o convívio com os pobres, a doença, o diálogo com os demais, a busca da verdade de modo aberto e profundo dentro do universo infinito e da sua totalidade.
Blaise Pascal revelou-se gênio desde cedo. Com 12 anos por si só descobriu a matemática, uma vez que foi impedido por seu pai o contato com livros sobre o assunto. Não parou por aí.

A sua contribuição para a ciência foi significativa e de grande importância, ele foi um grade defensor do racionalismo.
Atuou na matemática, na física, na geometria, mas é com suas reflexões filosóficas e teológicas que mais surpreende a humanidade.
Só não contribuiu mais, foi devido a sua morte prematura aos 39 anos.

Seus escritos filosóficos "exprimem com incomparável eloqüência às ansiedades que agitam a alma humana. Ao longo dessas páginas imortais, animadas de ardente misticismo, sente-se no entanto, a cada momento, a forte disciplina do espírito geométrico. Mais do que a disciplina: a inspiração.

O pensamento de Pascal tem raízes profundas nessa análise do infinito" (Costa, 1971), que no seu tempo ressurgiram com nova roupagem. "Pascal foi geômetra no belo sentido pleno da palavra. Seu gênio multiforme procurou a verdade em todos os terrenos."

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