segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A importancia do filosofo para a filosofia

          Parece que as invenções sempre tiveram sua magia para atrair a atenção do homem comum. A expectativa diante do novo invento muitas vezes ultrapassa as fronteiras da técnica ou da ciência propriamente dita. Talvez seja por esta razão que as pessoas acabam caracterizando as descobertas científicas como a única solução. Na verdade, é realmente feliz quem sabe a verdadeira causa das coisas. As coisas, porém, estão e são e nós, diante desta variedade, procuramos agrupá-las e classificá-las segundo nossos interesses ou critérios. Como há um limite, as classificações acabam por reduzir tudo ao objeto em questão ou excluir importantes realidades. E o reducionismo aparece sempre que se deixa de analisar algo que faça parte do ser estudado. Em geral, a discórdia entre cientistas dá-se sobre aquilo que é acidental, embora também ocorra no essencial, justamente quando se deixa de contemplar o real.
          Pascal, como veremos neste estudo, soube separar a ciência em si, do ser humano, e não aceitou o matematicismo de Descartes, como reducionismo em relação à realidade humana. O coração tem razões que a própria razão desconhece e por isso a ciência e a técnica sempre ficarão aquém; é dificil dar uma resposta definitiva quando o assunto é o homem. A defesa da riqueza humana, consiste justamente em aprofundar em aspectos individuais e sociais que estejam de acordo com o real, sem esgotar o diálogo que cada um tem consigo mesmo e com o outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário